sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Meus dias

O que há para ser dito que não foi?
O que há para ser visto que não foi?
O que há para ser cantado que não foi?

O que há para ser sentido que não dói?

Não vi Pelé jogar, Vinicius escrever, nem Elvis cantar,
tampouco vi o mundo sorrir.
Só me restaram bombas, aviões, homens e o vazio.
E nasci…
chorando a dor das gerações que estão por vir.

Me alimentei de ecos e restos
e amores já vividos e enterrados.
Cresci,
envelheci antes de ser jovem.

E agora que o sou, o que sou?

O gelo de uma era é o choro de uma vida.
Derrete, ainda que devegar,
nos alcança, desperta, devora;
e por fim afoga-nos,
entre soluços, perdões e desculpas.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Amor e ódio. Uma questão de classe.

Palestinos odeiam judeus.
Japoneses odeiam chineses.
Brancos odeiam negros.
Negros odeiam mestiços.
Brasileiros odeiam argentinos.
Argentinos odeiam uruguaios.
Franceses odeiam americanos.
Indianos odeiam paquistaneses.
Alemães odeiam turcos.
Turcos odeiam iraquianos.


Os ricos amam os poderosos. E vice-versa.