Inspirado em: http://veudeletras.blogspot.com/2011/01/bolhinhas.html
Eu também as vejo, suas mil cores e seu delicado voar. Elas nascem como nós, de um sopro. E como nós, vivem a vagar sem rumo, com destino de se acabar em lágrimas sobre chão.
Eis que vejo a bolhinha, não conheço sua estrutura, outros hão de descrevê-la melhor. Mas sinto sua fragilidade e temo pelos sonhos jogados ao vento, meus desejos protegidos por uma frágil película de esperança.
Não se pode tocá-la, nem conduzí-la. Como a um filho, só nos cabe espiar. Mas as bolhinhas são redondas, disso eu sei, não têm princípio nem fim, perfeitas e eternas.
Guardo em mim a dúbia vontade de estourá-la ou de apenas contemplá-la. Quem sopra amor e dá forma à bolha, o que quer? Vê-la nascer ou padecer? O que realmente nos fascina, a vida ou a morte da bolha de sabão?
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