Quero voltar a sentir. Quero voltar a viver.
Caminho pensando em superfície. Ando pelo chão.
Não atinjo mais o inferno. Muito menos o céu.
Meus vôos cessarram. Meu rastejar cansou.
Meu coração não está mais vazio. Minh’alma está.
Pelo fogo, pelo vento e pelo nada, liberdade.
O que é amar? É sofrer. Ou por não Ter ou pela ausência da ausência.
É disso que sofro. Sinto falta de sentir-me vazio. Quão paradoxal é o espírito. Espreita a felicidade, bulina e consome. E acaba em si, no desejo, no querer.
Qual a essência da mediocridade? A felicidade? Determinismo puro, convincente.
Como criar algo se não tenho o que criar para meu espírito? Quero a dor. A minha dor solitária, causada por mim para mim. Assim me supero, assim sou.
Medo. Eis ele aí novamente. Meu medo é meu. É de mim.
Medo é uma potência. Inesgotável e reciclável. Some um, aparece outro. Ai, sofrer...
Agora contemplo que não existe objetivo para uma vida. Viver é padecer em desejos e anseios.
Acalantado meu coração, resfria meu espírito.
Sorte dos fracos e dos levianos. Eles vivem, eles gozam. Um gozo baixo, mas um gozo. Um gozo que recuso e que me enoja. Sorte deles, que vêem ouro no cobre. Que vêem nobre no tolo. Que se perfumam com o podre. Sorte.
Meu podre é meu demônio. É vazio e insípido. Não cheira, não fede, não sente. Apenas fere.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Por um sorriso profundo
Não desanime.
Que os seres sonham
Sonhos insanos
E o sono que nos varre
é a vida
Que visa desdenhar
o sonho dos seres.
Por isso não desanime.
Que tudo é vão, que todos vão
mas fica em nós o sangue,
as lágrimas
Que rolam e lavam,
que sonham e morrem.
Não desanime
Que solidão não é companhia
Que vem e vai
e pesa como cruz
É só você respirando seu sangue,
provando seu eu.
Por isso não desanime, não
Que o amor é pequeno
E tudo é breve
Mas saber que amar
é mais que um verbo, é mais que fazer
É ser, é sofrer,
É querer, é estar
é realmente Amar. – isso você sabe!
Quer motivo melhor para sorrir?
Que os seres sonham
Sonhos insanos
E o sono que nos varre
é a vida
Que visa desdenhar
o sonho dos seres.
Por isso não desanime.
Que tudo é vão, que todos vão
mas fica em nós o sangue,
as lágrimas
Que rolam e lavam,
que sonham e morrem.
Não desanime
Que solidão não é companhia
Que vem e vai
e pesa como cruz
É só você respirando seu sangue,
provando seu eu.
Por isso não desanime, não
Que o amor é pequeno
E tudo é breve
Mas saber que amar
é mais que um verbo, é mais que fazer
É ser, é sofrer,
É querer, é estar
é realmente Amar. – isso você sabe!
Quer motivo melhor para sorrir?
Acabou a música
Acabou a música.
Resta nos olhos um brilho obscuro;
Nos ouvidos um toque escuro
E nos lábios, um tremor impuro.
As rimas escassam, a dança convalesce.
O menino vê a rua, sente o cheiro da rua e teme.
O medo de amar, a vontade de vencer, a ilusão de viver.
Resta nos olhos um brilho obscuro;
Nos ouvidos um toque escuro
E nos lábios, um tremor impuro.
As rimas escassam, a dança convalesce.
O menino vê a rua, sente o cheiro da rua e teme.
O medo de amar, a vontade de vencer, a ilusão de viver.
Só
Só existe a melancolia.
Só entra a tristeza
As palavras guardam-se para si
A inspiração transforma-se em um expirar cansado
O vazio resta.
Novamente me deito sobre ele, a antimatéria
Que desintegra até a luz divina numa explosão
Cega a estrela, transborda o infinito.
Nada faz sentido, nada convence
Nada é suficiente
O bom, o ruim, o mal, tudo desvanece
Resta o ser, ínfimo perante a dor carnal
Infinito em dúvida, perdido enfim.
Onde está Deus?
Em mim? Em Si?
É simplesmente ou ainda será
Parte que me amarra ao infindável
Ou que me liberta da finitude?
Por que há de haver o laço e aliança
Melhor seria sermos um
Nada me faltaria
Nada teria
Nada seria
E tudo, tudo se resumiria
Num mero olhar
Eterno olhar
A nada enxergar
Onde somem alegria, tristeza, prazer e dor
Vaidade, orgulho, humildade e valor
E que reste apenas a melancolia
Divina, o tudo saber, o tudo poder
E por compromisso assumido
Escritura assinada, bondade abismal
Nada fazer,
Senão olhar e quem sabe
Chorar
Lágrimas atemporais.
E em mim, esta tempestade persiste.
Por quê?
Só entra a tristeza
As palavras guardam-se para si
A inspiração transforma-se em um expirar cansado
O vazio resta.
Novamente me deito sobre ele, a antimatéria
Que desintegra até a luz divina numa explosão
Cega a estrela, transborda o infinito.
Nada faz sentido, nada convence
Nada é suficiente
O bom, o ruim, o mal, tudo desvanece
Resta o ser, ínfimo perante a dor carnal
Infinito em dúvida, perdido enfim.
Onde está Deus?
Em mim? Em Si?
É simplesmente ou ainda será
Parte que me amarra ao infindável
Ou que me liberta da finitude?
Por que há de haver o laço e aliança
Melhor seria sermos um
Nada me faltaria
Nada teria
Nada seria
E tudo, tudo se resumiria
Num mero olhar
Eterno olhar
A nada enxergar
Onde somem alegria, tristeza, prazer e dor
Vaidade, orgulho, humildade e valor
E que reste apenas a melancolia
Divina, o tudo saber, o tudo poder
E por compromisso assumido
Escritura assinada, bondade abismal
Nada fazer,
Senão olhar e quem sabe
Chorar
Lágrimas atemporais.
E em mim, esta tempestade persiste.
Por quê?
Pode o Verbo Divino soprar palavras aos mortais?
Por que a alegria não me traz palavras?
Quero mantê-la guardada em meu egoísmo
Narciso que sou.
E a dor, tristeza e ódio, compartilho convosco.
Carrasco que estou.
Devo cantar salmos, reger os anjos?
Desafiar o demônio, entregar-me a carne
Se a carne é difícil de digerir?
Devo ater-me ateu
Negando quem sou?
Ou hei de elevar-me e partir
Negando o que sou?
O choro contido, a dor ilusória
A negação da verdade e o amor, onde estão?
Por favor, venham verbos bons, substantivos celestes
Cheguem mais, não tenham medo, não sintam vergonha.
Porque dentro do meu coração vão perecer
Junto a carne transmutada em pó.
E aqui, no mundo dos homens serão imortais
Irônica contradição.
Saiam do espírito e sejam atemporais
Permaneçam com um filho de Deus e morram.
Pois, o que são as palavras, senão matéria?
Condenadas ao esquecimento, seja na dissolução do papel
Ou na morte da memória.
Mas que venham alegrar-nos um instante, este sim, imortal.
Quero mantê-la guardada em meu egoísmo
Narciso que sou.
E a dor, tristeza e ódio, compartilho convosco.
Carrasco que estou.
Devo cantar salmos, reger os anjos?
Desafiar o demônio, entregar-me a carne
Se a carne é difícil de digerir?
Devo ater-me ateu
Negando quem sou?
Ou hei de elevar-me e partir
Negando o que sou?
O choro contido, a dor ilusória
A negação da verdade e o amor, onde estão?
Por favor, venham verbos bons, substantivos celestes
Cheguem mais, não tenham medo, não sintam vergonha.
Porque dentro do meu coração vão perecer
Junto a carne transmutada em pó.
E aqui, no mundo dos homens serão imortais
Irônica contradição.
Saiam do espírito e sejam atemporais
Permaneçam com um filho de Deus e morram.
Pois, o que são as palavras, senão matéria?
Condenadas ao esquecimento, seja na dissolução do papel
Ou na morte da memória.
Mas que venham alegrar-nos um instante, este sim, imortal.
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